Insanidade é fazer a mesma coisa esperando resultados diferentes. Muitos atribuem a frase a Einstein. Contudo, em breve pesquisa no Google, você vai descobrir que a autoria é – na verdade – desconhecida. Mesmo assim, é uma frase muito usada e pessoalmente a considero bem verdadeira. Mas aqui já cabe uma ressalva: há ações que demandam justamente repetição e que não geram resultados no curto prazo. Isso não quer dizer que você seja doido por esperar resultados diferentes fazendo todos os dias as mesmas coisas. Se você quer emagrecer e passa um dia comendo direitinho e dá aquela malhada na academia, não vai acordar no dia seguinte magro. Se você cumpre seu cronograma hoje, não vai ver seu nome no DOU amanhã.
Ok. Ressalva feita, vamos entrar no cerne do tema de hoje. Se você estuda há tempos e não passa em nada, não chega nem perto e não observa uma evolução clara, a definição de insanidade faz sentido para seu caso.  Há algo que precisa ser melhorado. Você, no fundo, sabe. Eu sei que você sabe. Mas há uma muralha de orgulho e medo que te impede de admitir.
SOBRE ORGULHO
Buscar mudança é admitir falha, algo a ser melhorado, deficiência, incompletude. Para muito gente, não é um processo muito agradável. Daí surgem alguns questionamentos (pertinentes, claro, desde que motivados por “controle de qualidade” e não por orgulho): A pessoa que está me mostrando outro caminho, outro jeito de fazer as coisas, é mesmo qualificada para me guiar? Sabe do que está falando? Sabe mais do que eu? Essa parte do “sabe do mais do que eu” merece 2 destaques:
  1. Todo mundo sabe mais do que a gente em algum assunto. Não creio que exista hierarquia de conhecimento entre seres humanos. Eu talvez saiba um pouco mais do que você sobre o tema concursos, inteligência emocional nessa área, técnicas de estudo… mas tenho PLENA CONSCIÊNCIA de que você, meu aluno, SABE MUITO MAIS DO QUE EU em diversas outras áreas da vida. Minha avó só estudou até a quarta série. Entretanto, não conheço ninguém mais sábia para levar a vida (beijo, vó! Você é DEMAIS). O orgulho/pé atrás morre quanto entendemos que não há hierarquia de conhecimento entre pessoas. Só conhecimentos diferentes. O que me leva ao ponto seguinte…
  1. O orgulho é um FARDO. Vaidade intelectual é um FARDO. Vai te fazer “bater cabeça” à toa e por tempo indeterminado. Todos temos algo a aprender. E você pode reduzir muito seu tempo de preparação com um pouquinho de humildade para ouvir (e – claro – filtrar, analisar, fazer sua análise e decidir conscientemente se segue ou não as dicas recebidas… afinal, você é um ser PENSANTE). Quanto mais saídas apontadas para seus gargalos de estudo, MELHOR! Assim, você poderá escolher seu caminho. Só não se feche. Você tem tudo a ganhar e nada a perder. Humildade intelectual é uma forma de INTELIGÊNCIA.
SOBRE MEDO
Não é incomum alunos buscarem ajuda e não quererem mudar nada ou quase nada do que vinham fazendo. Em alguns casos, não é orgulho. É medo de passar pelo natural desconforto da mudança.
Quando eu estava em momentos de maior tensão, perto de prova principalmente, eu costumava sentir e dizer: NÃO QUERO PASSAR. DANE-SE PASSAR! SÓ QUERO QUE ISSO ACABE. Era um desabafo, mas eu segurava a onda e fazia tudo direitinho, mesmo que eu não gostasse de algumas etapas (ex: decorar matéria… odeioooo de morte).
Meu recado é: Cuidado para não acabar focando mais em tornar seu estudo CONFORTÁVEL e focando de menos em torna-lo cada vez mais EFICIENTE. Quanto mais eficiente seu estudo é, mais cedo deixará de ser concurseiro.
Por mais que cada um tenha suas particularidades e que não haja fórmula mágica igual para todos, há algumas diretrizes que funcionam para 99.99% das pessoas (ex: revisões periódicas, leitura do PDF e lei seca, pegar leve com videoaulas…).
É triste ver aluno que só estuda por videoaulas há 5 anos, não passa, não vê evolução, diz que quer mudar e quando você apresenta alternativas que funcionam para a esmagadora maioria das pessoas, reclama que quer fazer exatamente o que vinha fazendo, só que com a minha benção. Não posso legitimar o que não acredito para manter o aluno feliz enquanto estuda. Eu gosto de aluno feliz porque o nome está no DOU!
ROMPENDO PADRÕES
O que acha de TENTAR MUDAR? De romper padrões, abrir a cabeça e ver se o seu % começa a subir? Se você fica cada vez melhor classificado? Pode ser um processo lento. Pode ser que você mude de material algumas vezes, de cronograma, de coach, de técnicas… tudo ok. Mais vale a fadiga do processo com resultado no final do que a certeza do marasmo e da falta de resultado. Estagnado você já está. O que tem a perder?
“Mudar é difícil. Não mudar é fatal.” Frase que postei esses dias que ouvi numa palestra do Karnal. Não me perguntem a autoria. Sou péssima nisso (e muito boa em outras coisas, assim como você! SEM HIERARQUIA!).
Beijo
Gabi

Uma resposta para “Mudar é difícil. Não mudar é fatal!”

  1. Evy Abrahão disse:

    Fiquei Muito Interessado pelo seu post.Vou acompanhar seu Blog que é muito bom. É TOP ! Esse tipo de conteúdo tem me agregado muito conhecimento.Grato !

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