Oi, pessoal! Beleza?
Sou a Gabriela Knoblauch, Coach para Concursos.
Para quem não me conhece, muito prazer! 🙂
Para gente ficar mais chegado, vou contar a minha história, ok?
Sou graduada em Comunicação Social / Jornalismo pela Universidade Federal do Espírito Santo. Sou pós-graduada em Gestão Pública e Contábil e em Comunicação Pública. Fui aprovada em diversos certames como Transpetro (10º lugar), IDAF (16º lugar), TJES (8º lugar), Assembleia Legislativa do ES (12º lugar) e TCEES (26º lugar). Ocupei o cargo do TJES em 2011 e desde 2012 trabalho na ALES como Analista de Comunicação. Atuo como Coach desde 2013.
Ok… essa é a parte formal. Agora vamos para a parte do “sangue, suor e lágrimas”! rs
Quando terminei a faculdade no final de 2005, não sabia bem que rumo tomar. Sou de Vitória, no Espírito Santo. As vagas para jornalista aqui – além de escassas, pagam mal (em regra). Pensei em ir para a área acadêmica. Então, fiz prova para o mestrado de Administração em 2005 (alô galera que já enfrentou o Teste ANPAD!) e passei, mas como não tinha colado grau, não pude começar. Teria 1 ano parada. Decidi que estudaria para concursos. O que eu sabia sobre o assunto? Apenas que tinha um tal concurso para a Receita que pagava muito bem! Só isso! Mais nada! Naquela época, não tinha tanto material de PDF e ninguém nem sonhava com Coaching para Concursos! Aqui em Vitória, até hoje, não há muitos cursos preparatórios. Eu era um ET para muita gente quando falava que estava estudando. E ainda ouvia umas “pérolas”!
Não conhecia nenhum concursado ou concurseiro. Então, entrei em um preparatório para carreira fiscal. Foi um baque. Tantas matérias de Direito me assustaram, mas nada como Contabilidade. Gente, saí da primeira aula chocada com conta retificadora do Ativo! Como assim não era para colocar no Passivo??? Sentei na escada do cursinho pensando que eu tinha dado o passo maior do que a perna. Um cisco caiu no meu olho naquele dia, digamos assim!
Mas eu não tinha escapatória! Na época, muita gente ganhava aqui 800 reais como jornalista. Eu só pensava no meu pai que havia pagado escola particular para mim a vida toda (exceto a faculdade, que foi pública). Pensava também na minha mãe, que tinha me dado todo tipo de suporte para que eu pudesse estudar. Comecei a calcular quanto teria que ganhar para “reaver” o valor do investimento feito em mim. Batia muito desespero naquela época.
Enfim. Eu comprei umas doutrinas (coitada de mim… li e resumi Alexandre de Moraes de ponta a ponta no meu primeiro contato com Constitucional!) e fui dando cabeçada. Foi tentativa e erro mesmo. Não tinha nem com quem conversar para tirar uma dúvida. Só uns 2 anos depois conheci fórum para concursos na internet. Era minha única ferramenta.
Muitos livros errados, métodos errados… mas MUITA VONTADE DE VIRAR O JOGO. Eu repetia sempre: Meu diferencial é minha resistência. A vida pode bater mil vezes, eu vou levantar mil e uma. Eu vou passar nem que seja na força bruta. Minha vantagem é que realmente eu não tinha muita escolha. Não havia para onde ir, a não ser para frente. E eu fui a todo vapor, sempre com a CERTEZA INABALÁVEL de que eu tinha que continuar caminhando.
Eu tinha uma dificuldade grave que me atrapalhou muito:
“EU SÓ JOGO PARA GANHAR”. Essa era a minha frase. Dizia toda orgulhosa, como se a vida comportasse o sucesso permanente. Sabe de nada, inocente! Hoje tenho vergonha só de lembrar!!!
Penso que devo ter parecido arrogante para taaanta gente… Mal sabiam eles que o que eu tinha não era arrogância e sim MEDO. E ele GRITA de tão óbvio naquela frase. Acho que nem eu entendia isso com tanta clareza na época. Se algum aluno me diz isso hoje, encaro como pedido de socorro! Juro!
EU ERA MOVIDA PELO MEDO DE PERDER. Se você só joga para ganhar, ou seja, só faz algo com a certeza do sucesso, jogará muito pouco e cada vez menos (a vida é dura e não está ficando mais fácil!). E isso é um problemão. Para mim, foi um atraso de vida. Eu me recusei a prestar concursos por ANOS e fiquei em casa apenas estudando. A cada concurso que saia, por não me julgar preparada o suficiente, não me inscrevia. Pegava a prova dias depois e – na segurança do meu quarto – resolvia. Grande parte das vezes eu teria nota para passar. Algumas vezes, com folga. Mas eu pensava que se tivesse ido no dia, não teria me saído tão bem. A verdade é que eu nunca vou saber. E isso é uma pena.
O MEU MEDO NÃO ERA DO QUE AS PESSOAS IAM FALAR CASO EU REPROVASSE. Eu já era uma desempregada trancada em casa estudando. Digamos que minha imagem social não estava em sua plenitude… rs… quem é concurseiro e “só estuda” sabe que, para a grande maioria das pessoas, é o mesmo que ter FRACASSO escrito na testa. A certa altura, eu não poderia me importar menos com os comentários. Já estava “queimada” mesmo! O MEDO ERA NÃO SABER LIDAR COM A REPROVAÇÃO. Eu morria de medo de desistir do meu plano caso me saísse muito mal em alguma prova. E eu sabia que se desistisse, dadas as minhas circunstâncias na época, eu mesma poderia pegar uma canetinha vermelha e escrever na testa fracassada.
Eu tinha pavor de ficar triste a ponto de chutar o balde. Eu tinha medo de me convencer que eu nunca seria boa o suficiente. Era como se o examinador fosse aparecer na minha porta para dizer: “Tá delirando, menina? Quem você pensa que é para tentar essa vaga? Isso é para gente MUUUUITO mais inteligente do que você”. Eu seria, basicamente, DESMASCARADA!!!! Eu me sentia uma fraude estudando para concursos de grande porte. Afinal, o que eu tinha de especial? Era mais seguro, portanto, esperar o momento em que eu soubesse absolutamente TUDO de TUDO para aparecer no dia da prova. O problema é que esse bendito dia NÃO CHEGA PARA NINGUÉM, NEM PARA O PRIMEIRO LUGAR!
A primeira prova que fiz depois do meu auto imposto exílio foi para a Receita. Logo para onde…rs…. Eu fiquei no corte dos 40% em uma disciplina, com pontuação mais do que suficiente nas outras (inclusive na danada da Contabilidade, meu calo). Eu fui para a prova já me derrotando. No íntimo, achava que não era nem digna de estar ali. #dramaqueen.
Eu digo que existe a Gabi pré-reprovação na Receita e pós-reprovação na Receita. Eu chutei o balde sim, mas das cobranças/expectativas insanas da minha cabeça. Eu considerei, no momento em que vi a minha reprovação, que eu estava no fundo do poço. Eu tinha, oficialmente, dado errado na vida! #dramaqueenmaster. Era triste, e estranhamente libertador!
PASSADOS ALGUNS DIAS, OBSERVEI QUE NÃO MORRI. CONFESSO QUE FIQUEI CHOCADA. Não fui apontada na rua, ninguém deixou de me amar, não tive que usar a letra escarlate com F de fracassada. No dia seguinte, fez um sol lindo, inclusive. Nada de apocalipse. Como assim?????? Era disso que eu tinha tanto medo?? DAÍ EU PIREI (NO BOM SENTIDO)! Saí fazendo tudo que eu tinha medo! FOI SENSACIONAL!
Dei uma descansada e decidi focar na CGU em 2011. Pá… concursos federais SUSPENSOS (peguei tantas tretas, tantas suspensões… assusta não. O Brasil é tão doido que nada dura muito, nem de bom, nem de ruim). Nessa época, estava dando minhas aulas de Inglês, mas ganhava beeeeem pouquinho. Eu amava mesmo assim!
O primeiro concurso que fiz depois da Receita foi o do TJES de 2011. Modestamente, decidi fazer para nível médio. Eram muitas vagas e eu estava precisando trabalhar. Foi suuuuuuper concorrido! E eu não queria só passar. QUERIA QUE MEU IRMÃO MAIS NOVO QUE NUNCA TINHA ESTUDADO PARA CONCURSO NA VIDA E QUE ESTAVA FORMANDO EM ADMINISTRAÇÃO (E QUE ESTARIA DESEMPREGADO EM QUESTÃO DE MESES) TAMBÉM PASSASSE. Seria uma forma de “me redimir” por não ter passado na Receita e dar um respiro financeiro para meus pais.
Foi uma loucura. Peguei meus resumos da Receita das matérias que eram comuns e fiz os das matérias novas. Eu sabia tanto das disciplinas e sobre como estudar (aprendi na marra… fui minha própria cobaia por anos) que disse para o meu irmão que marcaria um X no que ele tinha que decorar do meu resumo. Não daria tempo de ler livro ou PDF! Mandei decorar dia e noite…rs… todos as noites sentava com ele e resolvia questões explicando cada assertiva. Assim, eu revisava e ele aprendia. O TEMPO DE ESTUDO??? UM MÊS E MEIO. Digo que ele foi meu primeiro coachee. Eu passei em oitava. Ele passou em trigésimo terceiro. Foi uma alegria só lá em casa!!!!
Fiquei só 6 meses no TJ. Tempo suficiente para conhecer meu marido. Amor de curso de formação (sim, até amor eu resolvi com o concurso)! Logo depois fiz a prova da Assembleia Legislativa do ES para um cargo de nível superior na minha área: Comunicação. Sabem como é difícil ter um concurso bom para Comunicação???? Nem tinha muita esperança, pois estava formada há alguns anos e estudei nada da minha graduação todo aquele tempo. Estudei só depois do edital e pouco, para ser sincera. Contudo, minha base por causa da Receita era tão boa que passei (caiu muita legislação, 8112…). Hoje sou Analista de Comunicação na ALES. Eu ADORO o que faço. Minha carga horária é uma delícia: 6 horas. Alcancei meu objetivo. A estrada até aqui que foi meio diferente do planejado! Mas cheguei, ufa! Tô morta com farofa até hoje! Kkkkkkkk
No fim de 2011 também comecei a dar aulas de Inglês para concurso em um preparatório online. Foi massa demais! Eu trabalhei como louca, mas cheia de amor e gratidão. Dei aula para Receita, CGU, TCU, MRE (com discursiva de Inglês) e todos os concursos que podem imaginar! Além disso, em 2013 comecei meu trabalho como Coach para Concursos.
Hoje, com experiência de mais de 5 anos como Coach em dois dos maiores preparatórios online do país, decidi voar sozinha. A bagagem me preparou MUITO e senti que era hora te ter meu próprio site, do meu jeitinho! Sonho realizado, bem como o de lançar um livro, o nosso Mente Concurseira! E já tem outro no forno!!!!! Aguardem!
Poder ser essa luz que eu tanto precisei para outras pessoas me enche de felicidade e gratidão.
Ser concursada é bom. Ajudar pessoas é melhor.